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8 de dez. de 2010

Assassinato de John Lennon completa 30 anos


No dia 8 de dezembro de 1980, o fotógrafo Paul Goresh, amigo de John Lennon, encontrou Mark Chapman em frente ao edifício Dakota, em Nova York. O futuro assassino de Lennon lhe disse que tinha vindo do Havaí. Ele parecia mais um fã a se juntar à horda que costumava ficar na frente do prédio onde os Lennon moravam, esperando a chance de encontrar seu ídolo. Naquele mesmo dia, Chapman viu um empregado saindo do Dakota com o filho do casal, Sean, então com cinco anos, e fez questão de apertar sua mão. Mais tarde, ele contou à polícia que naquele momento, quase desistiu de matar o ex-beatle.

Às cinco da tarde, Mark viu John e Yoko saírem do Dakota, e pouco antes de entrarem na limusine que os esperava para levá-los a um estúdio, abordou o inglês e pediu que autografasse sua cópia do disco “Double Fantasy”, cuja foto da capa tinha sido tirada por Goresh na frente do mesmo prédio. “Isso é tudo o que você quer?”, perguntou Lennon ao fã. Não era. Goresh registrou aquele momento, sem saber o significado que teria.

Às 22h49, John e Yoko retornaram na limusine e desceram do veículo, passando por Chapman em direção à entrada do Dakota. Foi quando o assassino disparou cinco tiros, quatro dos quais acertaram Lennon. Às 23h07, sua morte foi confirmada. A comoção coletiva que se seguiu abalou o mundo inteiro.

John Lennon vivia em Nova York desde 1971, onde começou sua oposição à Guerra do Vietnã, que quase resultou em sua deportação graças a uma campanha do presidente Richard Nixon. Acima de tudo, Lennon buscava uma vida além dos Beatles, e isso ele encontrou na cidade, nas trocas de fraldas de seu filho, numa carreira solo com vários bons momentos e no engajamento pacifista ao lado de Yoko.

Mas a “normalidade” que o aproximou da vida das pessoas que o admiravam já estava acabando quando Chapman chegou em Nova York, obcecado em matá-lo. Ele passara os últimos cinco anos sem gravar e longe do mundo da música, completamente devotado à vida familiar. Nem parecia o John Lennon que em 1973 se separou de Yoko por 18 meses, período que chamava de “fim de semana perdido”, marcado por colaborações com Elton John, Mick Jagger e David Bowie, e um disco muito elogiado, o “Walls and Bridges” (1974). John tinha se tornado um respeitável pai de família, e se manteve mais ou menos longe dos holofotes até a segunda metade de 1980.

Esse sonho estava acabando. John voltou à ativa em outubro de 1980 com o single “(Just Like) Starting Over”, seguido pelo disco “Double Fantasy”, lançado em novembro. Ele já tinha começado a deixar de ser o mortal que tentou ser. Sem saber disso, há exatos trinta anos, Mark Chapman se certificou que esse processo se completasse, de forma abrupta e violenta. Hoje, John Lennon é um dos mais queridos imortais da cultura pop.

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