Se depender da empolgação dos fãs brasileiros, o All Time Low deve incluir o Brasil na sua rota tradicional de shows. A banda americana de pop punk terminou sua primeira turnê pelo país na noite desse sábado (29), no Via Funchal, em São Paulo. E não tem do que reclamar.
Após quatro bandas de abertura, incluindo a convidada Motion City Sountrack, o grupo entrou no palco às 23h30. Já antes, o local estava decorado do jeito que eles mais gostam: lotado de sutiãs, arremessados pelas próprias fãs.
O quarteto começou a noite com Lost In Stereo, regada a gritos fortes o suficiente para competir com a própria música. Claro, todo o barulho se converteu em um coro que cantou a canção do início ao fim.
A mesma presença dos fãs valeu para todo o show: Break Your Little Heart, Shamelles, Six Fit Under, A Party Song, Damned If I Do Ya (Damned If I Don’t) foram algumas das músicas tão esperadas e ovacionadas pelo público.
Além dos fãs, outro destaque da noite foi o guitarrista Jack Barakat. Transformando o vocalista do grupo, Alex Gaskarth, em mero coadjuvante no intervalo entre as músicas, ele conversou sem parar com o público, fazendo piadas como uma criança.
Entre os pensamentos de Jack estavam coisas como a alteração da bandeira do Brasil [um fã escreveu o nome da banda em cima da original], um aviso escrito I Love Your Boobs [eu amo os seus peitos] nas costas da guitarra e um grande elogio às garotas brasileiras, que, segundo ele, “tem os seios mais lindos do mundo”.
Para alegria dos músicos, as garotas corresponderam. Na brincadeira, boa parte delas resolveu curtir o show só de sutiã ou com a blusa levantada, mostrando a peça íntima. No final, o próprio Jack experimentou, por cima da roupa, um dos sutiãs jogados no palco.
É bem verdade que eles são um tanto quanto tarados e não têm pudor em falar do que gostam. Porém, o ar da situação é inocente e mostra que os quatro são adultos que não cresceram – e se orgulham disso.
Um exemplo do fanatismo das brasileiras é Giovana Olivar, de 12 anos. Ela chegou ao Via Funchal por volta das 8h da manhã e montou acampamento com mais três amigas. Enrolada em uma bandeira com a foto do All Time Low, a estudante contou que tinha ouvido boatos de que os ingressos estavam esgotados e quase não foi ao show.
Para piorar, Giovana passou mal ao entrar no Via Funchal e precisou ir à enfermaria. Ainda assim, o fanatismo falou mais alto.
- Eu ouvi que o show estava começando, então sai correndo de lá. Nem tomei o remédio.
Para evitar mais problemas, a fã curtiu a apresentação longe da muvuca e aproveitou o espaço para exibir seu cartaz, no qual, de brincadeira, dizia que o guitarrista Jack estava autorizado a colocar a mão no bumbum dela.
Questionada se levaria a frase a sério, ela garantiu que sim e, aos risos, pediu mais.
Questionada se levaria a frase a sério, ela garantiu que sim e, aos risos, pediu mais.
- Acho que ele viu o cartaz. Eu ia deixar ele colocar a mão, ué. Mas queria mesmo que ele autografasse.
Antes do fim da noite, houve ainda tempo para uma sessão comandada pelo violão de Alex para as famosasWeightless e Dear Maria, Count Me In, que fecharam o show, após cerca de uma hora de felicidade.
Como não faltaram atrativos para animá-los, Alex, Jack, Rian e Zack retribuiram à altura: tiraram fotos tendo o público como cenário, arremessaram baquetas e palhetas [tinha gente vendendo a relíquia por R$ 15 na saída] e até garrafas d'água. Os mais insistentes ainda foram premiados com autógrafos, dados após um merecido descanso no camarim.
Foi dia 29, não fiquei sabendo, perdi.Se tivesse visitado o blog, saberia meu!
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