Os 365 dias que tivemos no ano de 2010 foram suficientes para nos provar e comprovar que no cenário musical nada é previsível e que tudo pode acontecer. 2010 foi o ano do inesperado, do cavalo negro, do azarão. É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem.
Tudo isso a começar pelo Hit do ano: logo na primeira semana de 2010, uma desagradável cantora novata emplacou seu debut-single “Tik Tok” no #1 da Billboard. Tratava-se de Ke$ha. A artista parece ter começado com o pé esquerdo no quesito atitude: suas performances eram fracas, sua postura era forçada e pouco espontânea. Enquanto isso, seu single vendia milhões de cópias e atingia o #1 dos quatro cantos do planeta.
Com o tempo, sua gravadora e agentes souberam construir uma imagem de forma menos danosa. A cantora melhorou e continuou emplacando outros hits como “Your Love Is My Drug” e “We R Who We R”. Quanto tempo vai durar? Pagamos para ver.
2010 foi também o ano em que Lady GaGa se consolidou como grande apogeu da Pop Music atual. Com o relançamento de seu álbum “The Fame”, a artista atingiu a marca de 12 milhões de cópias vendidas no planeta, ganhou Grammy’s, superou Madonna, se tornando a cantora mais premiada em uma edição do Mtv Video Music Awards e foi eleita pela Forbes como a cantora mais influente do mundo em 2010.
Não satisfeita, Lady GaGa continuou desesperadamente em sua luta diária pelos holofotes: usou um polêmico vestido feito de carne animal, usou saltos de sua altura (caindo em diversas ocasiões) e anunciou um novo álbum para 2011, com um suposto hino de sua geração. Estamos aguardando para assistir de camarote.
Eminem teve seu retorno ao topo dos charts com os hits “Not Afraid” e “Love The Way You Lie”, milhões de cópias vendidas com seu álbum e uma chuva de indicações ao Grammy. Sinal de que de nada adiantou o mau-olhado de seu ex-affair, Mariah Carey.
O cenário infanto juvenil foi um dos mais imprevisíveis do ano: se por um lado, nomes que dominaram os charts da Disney nos últimos anos como Jonas Brothers e Demi Lovato experimentaram o gosto do fracasso, outros nomes como Justin Bieber e Selena Gomez conhecem o apogeu teen. Tomara que estejam preparados para seus respectivos destinos, espelhando-se nos primeiros citados.
Em se tratando de decadência teen, há que se ressaltar o caso de Miley Cyrus: a eterna Hannah Montana viu seu reinado ir por água abaixo: sua mini-série chegou ao fim com o pior resultado em audiência de todas as suas temporadas, seu álbum foi um fiasco em vendas e a cantora não emplacou hits. Para fechar o ano, um vídeo da cantora usando drogas vazou na internet. Parece que Miley Cyrus estás seguindo perfeitamente os passos da também ex-Disney, Lindsay Lohan (que passou 2010 revezando penitenciárias com clínicas de reabilitação).
Em 2010 vimos o apogeu da fórmula “Vou-ficar-famoso-com-parcerias”. Nicki Minaj, rapper descoberta por Lil Wayne, era apenas uma anônima até surgir misteriosamente como parceria em trabalhos de nomes como Ludacris, Eminem, Christina Aguilera, Jay Sean, Drake, Kanye West, Usher e Rihanna. Mesmo sem emplacar um hit forte como cantora solo, o nome da cantora teve tanta evidência em 2010, que seu álbum teve uma estreia de quase 400 mil cópias apenas nos EUA.
Seguindo a mesma fórmula, o cantor Bruno Mars surgiu como um simples anônimo em parcerias com B.O.B., Travie McCoy e Damian Marley. Ao se lançar como artista solo, o cantor debutou no Top3 da Billboard com seu álbum e emplacou os hits “Grenade” e “Just The Way You Are”, que foi #1 simultâneo em 8 países.
Em 2010 Katy Perry pôde provar ao mundo que era mais do que apenas uma cantora com um belo par de seios dona de um hit lésbico. A artista foi #1 nos charts mundiais com os três hits lançados de seu álbum: “California Gurls”, “Teenage Dream” e “Firework”. Um feito notável que ajudou a artista a ter seu CD indicado a ‘Album Of The Year’ pela academia do Grammy.
Rihanna foi outro nome de destaque do ano: depois de experimentar o fracasso com o fraco álbum “Rated R”, a artista freqüentou o #1 da Billboard simplesmente com quatro hits: “Rude Boy”, “Love The Way You Lie”, “Whats My Name” e “Only Girl (In The World)”. Tudo isso fruto de um belo estudo de mercado e utilização de batidas já manjadas em vários outros hits de artistas como David Guetta.
Beyoncé continuou colhendo os frutos de seu álbum “I am… Sasha Fierce” em 2010: além de ter sido o grande nome do Grammy 2010, a cantora conseguiu ser indicada com a versão ao vivo de “Halo” ao Grammy 2011 a ‘Best Female Vocal Performance’, categoria que ela mesma venceu em 2010 com a mesma música. Algo, no mínimo curioso e questionável. Aos 29 anos de idade a artista já acumula um patrimônio pessoal de 400 milhões de dólares.
No cenário de fracassos, o grande destaque do ano é, de longe, Christina Aguilera. Logo no começo do ano a cantora fez alarde na imprensa para o lançamento de seu álbum ”Bionic”, que contou com uma produção milionária com produção de dezenas de grandes nomes do mercado maisntream.
Criou-se uma contagem regressiva no site oficial da artista, que não poupou esforços em divulgação: em 2010, Christina Aguilera cantou no American Idol, Oprah Winfrey Show, X Factor, David Letterman, Ellen Degeneres, The Early Show, Dancing With The Stars, Regis And Kelly Show, VH1 Storytellers, Mtv Movie Awards, American Music Awards e diversos outros. Nada disso evitou o desastre comercial da artista. Com menos de 500 mil downloads vendidos de todos os singles do álbum, o álbum foi o grande fiasco comercial e de crítica do ano, não tendo sido indicado a praticamente nenhuma premiação global.
Também em 2010 Christina Aguilera se divorciou e teve sua turnê cancelada, tendo em vista o fraco desempenho de seu álbum. Ademais, “Burlesque”, filme que estrelou ao lado de Cher, não conseguiu, até o final de 2010, sequer arrecadar o suficiente para bancar os custos com sua produção.
Outros nomes que reinaram no fracasso em 2010: Ciara, Keri Hilson 50 Cent, Santana e Mariah Carey são apenas alguns que enfeitam o mural de artistas que não tiveram um bom ano na música.
No cenário nacional, o grande nome de 2010 foi o cantor Luan Santana. O jovem oscilou o topo dos charts com rumores sobre sua sexualidade. Hetero ou Homossexual enrustido, o sertanejo já acumula alguns milhões de reais em sua conta bancária.
O grupo colorido Restart também foi outro fenômeno nacional. A banda medonha foi a grande febre entre crianças e pré-adolescentes de todo o país, que os consagrou como grande nome mainstream do cenário teen brasileiro.
Wanessa (eternamente Camargo) e Sandy (eternamente Júnior) se lançaram com trabalhos diferenciados. A primeira lançou um projeto dance em inglês, bem sucedido entre o público GLS e a segunda um trabalho focado na MPB, sem hits mas com vendas satisfatórias.
Outro nome nacional que ganhou destaque foi Maria Gadú. A cantora teve um suposto affair com Luisa Possi e fez parcerias com grandes nomes como Caetano Veloso. Em vendas, a artista foi um dos grandes expoentes da música, se mantendo no Top10 da Billboard Brasil ao longo de todo o ano.
E o que nos reserva 2011? Bom, ao que sabemos, teremos uma guerra declarada logo no primeiro trimestre: Britney Spears, Lady Gaga, Avril Lavigne e Kelly Clarkson já anunciaram novos trabalhos para Março. E aí, quem se dá melhor?
POPline
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