Um show de Lulu Santos é como um ritual. O guru desfila carisma e acordes que poucos artistas pop possuem ou tem competência para usar. Misturando sucessos e novas canções, o show se torna, como diz o artista em certo momento, “um bailão”, onde todo mundo dança.
Como espetáculo, Acústico 2 ainda precisa de alguns ajustes. Em certos momentos o pique cai e o fim da apresentação é um pouco, digamos, abrupto. Fica faltando algo.
Musicalmente, Lulu apresenta novidades, canções pouco conhecidas, novos arranjos para velhos sucessos – destaque para o baião de Tudo Azul – e algumas versões que lembram momentos plugados de outras turnês.
Acompanhado de Jorge Aílton (baixo e vocais), Chocolate (bateria), Hiroshi (teclados), Pretinho da Serrinha (percussão), PC (sopros e percussão) e Andrea Negreiros (vocais, cítara e percussão e novidade na banda), além cantora Marina de Le Riva, com quem dividiu os vocais numa surpreendente versão em espanhol de Adivinha o Quê, Lulu se mostra disposto a entreter, o que faz com muita facilidade.
A popularidade de Lulu Santos pode ser medida pelo tamanho da fila para vê-lo no camarim. Tão grande que acabou não permitindo tirar do artista qualquer impressão sobre a estreia.
Acústico 2 pode não ser o melhor show da carreira do “último romântico”, mas tem o selo de qualidade de um artista para o qual o público faz questão de cantar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário