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21 de nov. de 2010

Daniel Radcliffe segue a vida após Harry Potter


Daniel Radcliffe tem 21 anos e, tendo sido escolhido há dez anos para o papel de Harry Potter, já passou quase metade de sua vida como astro do cinema.
Hoje, depois de a série de filmes ter se tornado uma das maiores da história do cinema, o ator britânico é multimilionário e mundialmente famoso.
Agora que as filmagens de As Relíquias da Morte, cuja primeira parte estreia nesta sexta (19), terminaram, Radcliffe está olhando para o futuro, para sua vida fora do mundo dos bruxos.
Na entrevista abaixo, o ator conversou sobre o último filme e sobre o que o futuro lhe reserva.


- Você disse recentemente que Emma Watson foi "um pouco animal" na cena de beijo que vocês fizeram juntos. Como ela reagiu a isso?
Daniel Radcliffe - Quando você está nessa fase em que dá uma entrevista e ela vai ao ar no dia seguinte, as reações às suas frases reproduzidas são muito rápidas. Outro dia, no [programa de TV] Daybreak, Kate Garraway estava me entrevistando e disse: "Oh, o beijo seu com Emma nesse filme - Emma é um pouco animal, não?" E eu falei que sim. Então ficou como se eu tivesse dito aquilo. Emma me bateu no braço assim que saímos do tapete vermelho e falou: "O que você anda dizendo às pessoas sobre mim?"
- Algumas pessoas acharam o sexto filme, Harry Potter e o Enigma do Príncipe, um pouco confuso, enquanto o Relíquias da Morte - Parte 1 é mais direto, sem rodeios. Você concorda?
Radcliffe - Adorei o filme 5, A Ordem da Fênix, enquanto o 6 foi um filme mais difícil de fazer. Embora eu ache que é o mais belo de todos até agora, foi um filme realmente difícil porque, basicamente, é uma exposição colossal que prepara a cena para os capítulos finais.
Foi mais difícil fazer com que esse filme fosse compreensível a quem não leu os livros porque inserimos um volume enorme de informações nele.
Relíquias da Morte - Parte 1 parece ter um ritmo mais lento que alguns dos outros filmes de Harry Potter.
Radcliffe - As pessoas ficam falando que é um filme de ação, mas acho que é muito calmo comparado ao que será a Parte 2. No próximo, já que a trama já estará toda montada, você vai poder simplesmente curtir a maluquice da ação.
- Rupert Grint [que interpreta Rony] descreveu a Parte 2 como um filme de guerra. Você concorda?
Radcliffe - Roubaram o que eu ia falar! O que eu ia dizer era que é um "road movie" que vira um filme sobre um assalto, que, por sua vez, vira um filme de guerra. Eu estava dizendo isso a Rupert e Emma outro dia. Droga!
O filme final vai ser realmente ágil e movimentado, com muita ação, e é como um filme de guerra. Se tivéssemos feito esse livro em um filme só, a parte que teria sido cortada é a maior parte deste último.
Para mim, esta é a parte mais interessante da história, porque é nela que os personagens se desenvolvem e mudam.
Apesar do silêncio e do ritmo mais lento, este filme foi de longe o mais caótico para se trabalhar. Foi uma loucura. Todos nós sentimos a pressão de fazer dele o melhor da série, já que é o último.
Alguém podia acordar um dia e dizer "não tenho certeza de como é meu personagem nesta cena", ou o roteirista podia ter uma ideia, e então recebíamos os textos de algumas cenas reescritos um dia antes de as cenas serem rodadas. Foi uma movimentação constante, foi um clima menos calmo nas filmagens do que nos outros filmes.
- Depois de dez anos convivendo com o fenômeno Potter, qual foi a sensação de concluir as filmagens da cena final?
Radcliffe - Foi uma reação bastante primitiva. Quando você passa dez anos em determinado lugar com um determinado grupo de pessoas, e, de repente, isso acaba, você se pergunta: "o que eu vou fazer agora?". Foi bizarro porque eu sabia que iria fazer um musical em 2011, eu sabia o que ia acontecer e que havia uma opção certa de um entre uns três filmes. Mas naquele momento eu só pensava "o que vou fazer sem vocês todos?". Foi com aquelas pessoas que eu aprendi quase tudo o que sei hoje.
Acho que o sentimento principal foi de perda, mas umas quatro horas depois eu estava num avião a caminho de Nova York, onde ia apresentar a entrega dos prêmios Tony no dia seguinte, e já estava lendo o roteiro de The Woman in Black. Hoje, cinco meses depois, estou na metade das filmagens desse filme. Ou seja, a gente segue em frente.
- Você visualiza algum dia em que talvez não haja roteiristas e diretores brigando para ter você trabalhando para eles?
Radcliffe - Como meu pai sempre diz, sempre que estou olhando roteiros sem saber qual deles escolher: "oh, problema feliz!". No momento, tenho uma profusão de opções, e a coisa remete a uma frase que a gente frequentemente ouve de pessoas que mexem com esportes: "A forma é temporária; a classe é permanente."
É isso o que eu quero usar nos próximos anos para me moldar, para me transformar em alguém que todo o mundo saiba que quer estar presente por muito tempo. E espero poder fazer isso, escolhendo projetos cheios de classe como The Woman in Black.

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