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8 de dez. de 2010

Disney mostra que também sabe fazer um bom filme de ação com Tron - O Legado

Divulgação / Disney
É estranho pensar que Tron - O Legadoé um filme da Disney. Em grande parte ambientada em um mundo digital, sombrio e cheio de embates, esta ficção científica é bem diferente dos longas animados e cheios de princesas que a empresa costuma fazer tão bem. A Disney já exibiu essa sua faceta emAlice no País das Maravilhas (2010), de Tim Burton, mas na continuação de Tron o estúdio se distancia mais ainda de suas raízes.

Como em toda obra da companhia do Mickey, a produção começa exibindo a sua assinatura: o castelo da Cinderela - só que, desta vez, em uma construção bem tecnológica. A partir daí, somos levados a um universo "high-tech" completamente diferente, que os fãs do filme cult de 1982 poderão conhecer no dia 17 de dezembro, quando a continuação chega aos cinemas do Brasil.
Aliás, para melhor acompanhar todos os detalhes de Tron - O Legado, é preciso estar com a história do primeiro filme bem fresca na memória. Com enredo complexo e cheio de detalhes "geek" que remetem à produção original, a sequência tem como protagonista Sam Flynn (Garrett Hedlund), filho de Kevin Flynn (Jeff Bridges), programador de software e dono da desenvolvedora Encom.
Após vinte anos do estranho desaparecimento de seu pai, o rebelde Sam recebe um atípico sinal do antigo escritório da família. Assim que vai ao local, ele descobre uma sala no subsolo do prédio, começa a mexer nos computadores do pai e, sem saber muito bem o que está fazendo, é transportado, através de um raio laser, para A Grade, mundo digital criado por seu progenitor.
Ao chegar nesse universo completamente diferente de tudo que já viu, Sam vai atrás de seu pai mas acaba, inicialmente, encontrando o vilão Clu (Jeff Bridges também, só que 25 anos mais novo), uma criação e “sósia digital” de seu pai, Kevin, feito para governar A Grade enquanto ele estivesse no mundo real. Por causa de sua obsessiva busca pela perfeição dos programas digitais, Clu acaba traindo Kevin e passa a comandar esse espaço digital.
Por lá e com a ajuda de Quorra (Olivia Wilde), pai e filho lutam para se livrar do inimigo e também para voltar ao mundo real. Durante as quase duas horas de duração do filme, somos levados a um universo fantástico e cheio de efeitos, que a tecnologia da década de 80 - bastante inovadora para a época - também retratou com muitos detalhes. Entretanto, bastante aguardado por causa de seus efeitos visuais, Tron - O Legado impressiona mais pelas cores e pela qualidade da imagem do que pela tecnologia 3D.
O tratamento das imagens da obra é chocante e, para os mais desavisados, vai ser até estranho ver a versão mais jovem de Jeff Bridges nas telonas. No longa, o ator de 61 anos é retratado como se tivesse 35 anos. Para a agência de notícias Associated Press, o ganhador do Oscar por Coração Louco (2009) disse que foi “bizarro” se ver mais novo em uma atuação recente.

- É uma ótima notícia para mim, porque agora isso significa que posso interpretar em qualquer idade.
Trilha de luxo
Além das imagens, a trilha sonora de Tron - O Legado é outro detalhe à parte. Assinada pela dupla eletrônica Daft Punk, as músicas dos robóticos DJs e produtores, criadas especialmente para a produção da Disney, casam perfeitamente com o ambiente da trama. E se você também é um daqueles fãs que ficaram na expectativa de vê-los no festival Planeta Terra 2010 (boatos afirmavam que a dupla faria uma aparição surpresa durante o show do Phoenix) e ficou na vontade, Tron é um bom paliativo. O duo francês faz uma breve aparição no filme e, em uma cena que se passa em uma boate do mundo digital, eles aparecem discotecando. É bem legal.
Aliás, referência é o que não falta no longa de estreia do diretor Joseph Kosinski. Tron - O Legado remete a cenas de vários outros filmes. Ambientes semelhantes à famosa sala branca de 2001: Uma Odisséia no Espaço, clássico de Stanley Kubrick, e aos dos corredores das naves de Star Wars, saga de George Lucas, estão presentes no filme. A sequência final ainda é uma clara referência ao longa O Fabuloso Destino de Amélie Poulin. Mas final de filme não se conta, o jeito é assistir.

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